Como funciona o seguro agrícola? Solução protege sua lavoura

Como funciona o seguro agrícola? Solução protege sua lavoura

Naturalmente, quanto mais coberturas tiver, mais caro o seguro será. Isso acaba sendo uma faca de dois gumes: por um lado, o produtor está ...

Segundo dados divulgados pela Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados (FENACOR), 2025 tem a perspectiva de ser o pior ano da história para o mercado de seguros rurais, com congelamento de cerca de 42% do orçamento do Programa de Subvenção Federal.

Esta iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária, atrelada ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), existe com o objetivo de, como o nome sugere, conceder auxílio financeiro a agricultores na contratação de proteção para suas lavouras. O PSR existe há 20 anos, criado em 2005.

Lidar com as adversidades é uma situação comum na jornada de todo produtor, já que não é possível prever todas as ocorrências futuras, inclusive os eventos climáticos. Diante desta constatação, é importante entender como funciona o seguro agrícola, uma proteção que ajuda a ter tranquilidade para superar geadas, pragas ou mesmo a chuva que chega fora de hora.

Neste artigo, explicaremos como os seguros funcionam, o que está fora da cobertura, sua importância e pontos de atenção.

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Como se dá a contratação de um seguro agrícola?

Podemos resumir o seguro agrícola como uma espécie de proteção financeira para o produtor. O objetivo deste serviço é assegurar que a fazenda possa cobrir os custos contra prejuízos incontroláveis, como são os casos de chuvas em pragas na lavoura, chuvas intensas, secas e granizo, por exemplo.

A contratação de um seguro agrícola é bastante similar a outros como o do veículo ou de viagem, mais comuns. A negociação deve ser feita com uma seguradora, seguida da apresentação de documentos, análise de riscos, visitas técnicas, checagem dos tipos de coberturas e outros processos burocráticos.

No caso específico de produtores que desejam fazer parte do PSR, o site do Governo Federal instrui a procura por seguradoras habilitadas pelo MAPA. A modalidade pode ser concedida a qualquer pessoa física e jurídica, sem impedimentos e sem dívidas junto aos órgãos federais.

Àqueles que buscam o subsídio do PSR, as parcelas do seguro agrícola são deduzidas de acordo com os valores concedidos pelo Governo Federal. Já as contratações que não tenham relação com a iniciativa dependem de acordos entre a seguradora e o produtor.

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O que é coberto pelo seguro agrícola?

Ao entender sobre como funciona o seguro agrícola, logo surge a dúvida sobre qual é a sua  cobertura. A Sicoob, uma das múltiplas plataformas que oferecem a modalidade no Brasil, lista aspectos como: incêndios, ventos fortes, chuvas excessivas, secas, geada e outros; os quais podem ser contratados um a um.

Todos esses pontos estão relacionados ao que se chama de “seguro de danos”, mas essa não é a única categoria. Outras coberturas comuns em seguros agrícolas incluem:

• seguros de custo de produção;
• seguros de rendimento;
• seguros de receita;
• seguros paramétricos.

Naturalmente, quanto mais coberturas o seguro agrícola tiver, mais caro ele será. Isso acaba sendo uma faca de dois gumes: por um lado, o produtor está mais protegido; por outro, os gastos serão maiores.

Por isso, não basta apenas compreender como funciona o seguro agrícola, é importante analisar o histórico da lavoura, usar tecnologias que otimizem a produtividade e conhecer os custos invisíveis da fazenda. Com isso, o produtor consegue neutralizar diversos problemas e contratar a modalidade que fizer mais sentido para sua situação.

Quais são os pontos negativos de um seguro agrícola?

Naturalmente, nem apenas de aspectos positivos existe o seguro agrícola. Antes de tomar a decisão de contratar o serviço, é importante que os produtores compreendam como funcionam os pontos menos favoráveis. O primeiro deles é um já citado previamente: o custo elevado.

Especialmente em seguros que cobrem mais do que apenas os danos, os valores podem ser um impeditivo para muitos produtores, mesmo os que fazem parte do PSR. As coberturas limitadas também merecem atenção, frequentemente excluindo danos causados por pragas.

Todas essas questões, porém, podem ser solucionadas com boas pesquisas e a tomada de decisões que façam sentido especificamente ao tipo de negócio com o qual se trabalha. Ou seja: pontos negativos são, no fim das contas, subjetivos; e podem ser facilmente mitigados.

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Qual é a importância do seguro agrícola para o produtor rural?

No primeiro semestre de 2025, as geadas no Sul do Brasil causaram perdas nas safras de milho, com 14% das lavouras sendo classificadas como “ruins”. Essas são informações do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), relacionadas à pergunta deste tópico.

Para os produtores que contratam seguros agrícolas que cobrem danos por geadas, perdas nesse período foram reduzidas, por exemplo. Essa é apenas uma situação, mas ela ajuda a ilustrar a razão pela qual as proteções merecem a atenção dos fazendeiros.

A publicação “A importância do seguro rural na redução de riscos da agropecuária”, da Revista de Estudos Sociais, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), menciona os seguros agrícolas como “redutores de riscos” na agropecuária; o que, quando consideramos a imprevisibilidade do agronegócio, faz bastante sentido.

Como decidir qual seguro agrícola contratar?

Para finalizar este artigo sobre como funciona o seguro agrícola, vale explorar uma última questão: como decidir pela contratação do serviço? O primeiro passo consiste em colocar na ponta do lápis os gastos e os lucros com as produções até aquele ponto, checando as verbas disponíveis.

Os períodos para o pagamento das indenizações também são um fator relevante. O MAPA define prazos que as seguradoras que fazem parte do PSR devem seguir, o que os produtores fazem bem em conhecer. O comunicado do dano, por exemplo, deve ocorrer em até 8 dias.

E essas são apenas algumas das principais informações sobre o funcionamento do seguro agrícola, considerando dados do Governo Federal e demais órgãos competentes. A realidade é que esse é um elemento plural, de modo que cada contexto requer uma ponderação distinta.

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