Como usar mapas de colheita para decisões futuras na agricultura de precisão?

Como usar mapas de colheita para decisões futuras na agricultura de precisão?

Uma área que apresentar déficit em comparativo com outra, por exemplo, será o sinal de que é preciso descobrir o que está causando perdas.

O artigo “Agricultura de precisão”, publicado no site da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), define a agricultura de precisão como um conjunto de técnicas utilizadas no agro para, entre outras coisas, melhorar o rendimento e otimizar os recursos. Considera-se aí uma série de fatores.

Dentre essas condições, a Embrapa cita a localização da lavoura e a fertilidade do solo, o que nos leva diretamente ao tópico dos “mapas de colheita”, o qual vamos explorar em detalhe nos tópicos subsequentes. A ideia é usar tecnologias para melhorar produções futuras.

Aliado a esse dado, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) calculou que o agro brasileiro investirá mais de R$ 25 bilhões em tecnologias na segunda metade de 2025, o que aponta a importância de compreender como usar mapas de colheita para decisões futuras na agricultura de precisão.

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Descubra como usar mapas de colheita na tomada de decisões

Os mapas de colheita (produtividade) são registros de dados de quantidade colhida, associados com informações geográficas, que dão origens a materiais rasterizados. Ou seja, eles são representações visuais de vários aspectos de uma lavoura e têm inúmeras utilizações, as quais ajudam a ditar (e melhorar) o futuro das plantações.

Identifique as áreas de alta e baixa produtividade

O primeiro uso dos mapas de colheita para decisões futuras na agricultura de precisão é a identificação das áreas de alta e de baixa produtividade. É apenas a partir dessas informações que todas as soluções adicionais podem ser colocadas em prática.

A plataforma FieldView, geralmente usada na agricultura de precisão, informa que o cálculo é muito simples em teoria, necessitando apenas de dados sobre a quantidade de produto colhida (em quilos, sacas ou toneladas) e a área plantada (em hectare), permitindo análises a partir disso.

Compare dados de acordo com a área, o período e a planta

É adequado dizer que uma colheita de soja no Mato Grosso do Sul, por exemplo, não terá os mesmos números de produtividade que uma plantação de café em Minas Gerais. Cada área, planta e até mesmo período do ano traz dados relativos e que precisam de um comparativo.

Os mapas da colheita auxiliam nesse propósito, fornecendo informações até sobre espaços específicos dentro de uma mesma lavoura. Uma área que apresentar déficit em comparativo com outra, por exemplo, será o sinal de que é preciso descobrir o que está causando perdas.

Detecte problemas relacionados ao solo de áreas específicas

O artigo “A relação inversa entre o tamanho das propriedades agrícolas e a produtividade no Brasil: uma análise não paramétrica usando regressões kernel”, publicado pela Revista de Economia e Sociologia Rural, em 2021 apontou a ideia de que áreas de plantação menores acabam tendo uma produtividade proporcional mais alta quando comparadas com lavouras maiores, o que leva à questão do porquê de isso ocorrer.

Uma das hipóteses é o fato de que, quanto maior a propriedade, maiores as chances de que o solo não seja homogêneo, o que afeta a produtividade e torna as zonas irregulares quando comparadas. Mais uma vez, os mapas de colheita são capazes de identificar esse problema.

Planeje correções do solo e ajustes de insumos

Identificadas irregularidades com áreas específicas da lavoura a partir do mapa de colheita, o próximo passo consiste em colocar em prática as soluções. Duas delas são a correção do solo (caso o problema seja a falta de homogeneidade) e os ajustes dos insumos utilizados.

De acordo com o Agro Estadão, esses insumos podem variar entre os biológicos (compostos orgânicos, por exemplo), os químicos (minerais) e os mecânicos (as máquinas usadas para as etapas da agricultura). Aprimorar a aplicação das soluções têm efeitos positivos ao futuro.

Avalie a eficiência das soluções aplicadas às colheitas

Engana-se quem pensa que os mapas de colheita servem apenas ao propósito de descobrir áreas de baixo rendimento e possibilitar correções: a eficiência dessas correções também se beneficia da técnica. A ideia é perceber se o que foi colocado em prática funcionou ou não.

Se a produtividade de uma colheita era de 75 sacas por hectare (sacas/ha) em média e esse número passou para 90 sacas, por exemplo, há aqui um indicativo da eficiência da solução encontrada. Naturalmente, esse comparativo pede a manutenção de um histórico.

Desenvolva um histórico de dados com os mapas de colheita

Seguindo o final do item anterior, chegamos ao uso dos mapas de colheita na manutenção de um histórico da lavoura, com dados de rendimento de acordo com os meses, quantidade de insumos utilizados, temperaturas, modificações realizadas no solo e outros elementos.

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do IBGE, é um exemplo de uso da integração de dados na agricultura com o objetivo de manter informações a cada ano. É só com informações sobre onde se estava no passado que se é capaz de planejar o futuro do agro.

E essas são apenas algumas sugestões sobre como usar mapas de colheita para decisões futuras na agricultura de precisão e como os dados podem facilitar, influenciar e melhorar a produção. Em muitas culturas, especialmente nas mecanizadas, estes recursos são úteis para o aumento da produtividade, como é o caso da soja.

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